Wednesday 30 June 2010

Please don t stop the music

Inspiração é tudo, não?

A música já era linda, e conseguiu ficar mais charmosa ainda. E o vídeo é bem legal.

Aproveite!

As outras escolhas

Tem dias que a gente acorda pensando (eu, principalmente) - e se eu tivesse sido veterinária?

A veterinária, particularmente, nunca me atraiu, embora eu ame alguns animaizinhos...especialmente cães e patos... mas já considerei horrores ter estudado Direito, Engenharia, Psicologia, Biblioteconomia. Entre vários outros.

Sendo do Turismo, é claro que eu gosto de puxar a brasa para a minha sardinha (ou é o contrário?), mas quando você começa a conviver com pessoas de outras áreas, fica vendo que a coisa mais legal desse mundo é que tem gente querendo entender de tudo...e fazer de tudo.

Entre as pessoas com quem convivo, tem, por exemplo, uma que tem a vida dedicada a se superar no esporte; outra, que estuda o ritmo de vida de motoristas de caminhão; uma outra que está vendo até que ponto as roupas podem ser inteligentes, controlando a temperatura do corpo. Tem um colega novo que estuda a fundo um dado tipo de composição musical.

Ontem a noite, na rádio, alguém explicava um Astrolábio. E pensei, meu deus, tem pesquisador para tudo nesse mundo! Mas mais que isso, tem espaço e dinheiro para pesquisar tudo nesse mundo. E interesse.

E quando a gente, sentado como crianças na areia, enchendo o próprio baldinho, resolve olhar a volta, descobre que se todo mundo reunir os baldinhos, teremos um super mega castelão de areia... não é ?

Saturday 26 June 2010

Senta aqui comigo...

Aqui vai um convite detalhado.

Tente construir a imagem que está na minha mente agora:
- inglaterra, qualquer lugar, mas pode ser Guildford ou Londres;
- 21h30, e o céu ainda está claro, e há um lago, e um horizonte que passa nada mais que tranquilidade;
- um gramado, um ventinho que justifica só um moletom;
- uma taça de vinho branco;
- e esta música aqui.

Nem vou comentar a letra, porque não é o caso. Só a melodia e a voz da Tracey para esperar mais uma noite chegar...

Senta aqui comigo?

Toy Story 3

Assisti ontem.

Sim, sim, confesso, sou super fã de filmes infantis, especialmente quando se trata de Disney-Pixar.

Chorei no final, claro. Como qualquer um que não seja de pedra e se envolva na história cuja moral é "passar adiante", fazer a alegria de outros. O Andy está com 17 anos e não vai mais brincar com o Woody, o Buzz e toda a turma. E aí eles vão para um day care.

O mais legal é que lá um ursinho, do tipo Ursinhos Carinhosos, é o chefe da máfia. Cruel e tudo mais... são esses roteiros sobrepostos, que alegram crianças e adultos, os que mais me fascinam... as crianças não precisam saber o que é a máfia, mas os adultos com neurônios a mais vão se divertir com algumas falas.

E sem dúvido, quando o Buzz entra em "modo espanhol, latin lover" - me deu até vontade de achar um para mim...

Adorei.
Olha só que olhar...

Wednesday 23 June 2010

Quem quer mudar, não deve copiar...

Como eu disse em post anterior, estar na Universidade de Surrey é algo muito interessante, especialmente para quem ama pesquisar Turismo. A biblioteca é fenomenal, e o acervo eletrônico é também incrível.

Mas o que conta mesmo é conhecer pessoas de todo o mundo, de altíssimo nível, e poder conviver alguns dias com elas, entendendo como é que se formou o espírito de investigação de cada uma delas.

Na segunda-feira, durante o seminário de doutorandos, eu conversei com a Violet, uma representante da Rep. Dominicana. A pesquisa dela é maravilhosa. Foi aprovada com louvor, o que aqui é algo realmente louvável, ao contrário de muitos dos louvores que vemos em certas teses e dissertações brasileiras.

Em um dado momento, ela fez uma afirmação muito contundente. Vou tentar reproduzir.

"Se o destino quer se destacar por um serviço diferenciado, se quer mostrar ao mundo que é diferente (em relação às demais ilhas no Caribe), não adianta copiar o que o mundo faz. Tem que também fazer diferente. E se quer formar profissionais diferentes, tem que ensinar diferente".

Simples assim.

Queria parar por aqui, mas me é impossível. E pensar que os cursos de turismo do Brasil, com raras exceções, reproduzem um curriculo padrão nascido nos anos 1970. Reclamam, reclamam, mas fazem tudo igual. Ou melhor, fazemos tudo igual.

Ai, ai, ai.

Feriado? Jogo? Não...


Observem cuidadosamente a foto abaixo:


Notem que não há como mentir - a foto foi tirada as 13h51 de uma terça-feira, 22 de junho de 2010. Trata-se da Exchange Square, em Londres, ao lado da Liverpool Station.

Hora do almoço, dia de sol, uma praça em meio a vários edifícios de escritórios. Essas pessoas saem para almoçar, compram suas cervejas, vinhos e outros drinks típicos do verão londrino, e ficam ali curtindo, conversando.

E você pensa - álcool na hora do almoço?
Sim, aqui vale. E mais, a hora do almoço na verdade são várias. Segundo uma amiga que administra o pub onde o povo compra as bebidas, o emprego deles é ótimo...descem com Iphones, notebooks e outros gadgets e ficam trabalhando ali a tarde toda, enquanto enchem suas carinhas.

E aí, no final do expediente, uma happy hour básica. E depois, para casa, de metrô. Acidentes de carro quase nao existem. Agora, quedas cinematográficas nas escadas rolantes são uma constante...

Monday 21 June 2010

Research Environment

Primeiro eu devo me desculpar pela demora em um novo post. Foi uma semana atribulada.

Mas hoje, de volta a Guildford e à Universidade de Surrey, participo o dia todo do Seminário de Doutorandos e Pesquisadores. Um evento interno, pequeno, e irrepreensível em sua organização.

Organizado pela própria escola, contou com a presença de todos os nomes que estamos acostumados a citar... eu fiquei na sala do Andrew Lockwood, por exemplo. Aprendi muita coisa, de verdade.

E então, conclui que a UniS é sem dúvida um dos melhores lugares para se pesquisar Turismo no mundo, se não for o melhor. Já estou começando a sentir saudade daqui...

Sunday 13 June 2010

E quando não há nada a dizer?

Domingo pós jogo da Inglaterra e Surrey acordou meio desanimada...

Eu, para manter o ritmo, fui ao Surrey Sports Park para pelo menos uma hora de atividades aeróbicas que possam consumir o excedente de batatas no meu corpo. Voltei, arrumei as coisas por aqui e sigo estudando e escrevendo. Não há muita diferença entre sábado, domingo e segunda quando você está fazendo o que gosta...ou quando não há muitas opções.

Mas eu quis fazer um post hoje, mesmo sem um tema específico.
Para dizer que estou aqui. Pensando muito, como sempre. E feliz, dentro da minha régua particular de felicidade.

Dia desses pensei numa ilustração da nossa vida...uma espiral ascendente...girando e subindo. Mas tem gente que espana e gira em falso...e aí você eventualmente reencontra a pessoa num de seus giros, e vê que nada, nada mesmo, mudou. Mas antes isso do que ser uma espiral descendente, não?

Filosofia de domingo, depois de um pouco de vinho.

Friday 11 June 2010

Vivendo a vida leve...

Inspiradíssima pela minha amiga que resolveu ir ao cinema sozinha, tomar café na Livraria Cultura, andar por São Paulo pensando que sim, há muitos motivos para ser feliz, eu resolvi mudar de estação hoje.

Aí eu me lembrei desta música que para mim é uma síntese desta dualidade que a gente se impõe. A letra é triste, pois a cantora descobriu que está apaixonada por alguém que já tem outra pessoa.

Mas a música é de uma animação sem fim...impossível não dançar, que é exatamente o que as pessoas fazem no frio, nas ruas de NY! Vejam clicando aqui.

Vou falar...tem coisas muito chatas na vida da gente, mas elas passam. E quando passam, você percebe que não só aprendeu a ser mais resistente, como não tem mais gente chata do seu lado... coisa "uótchima"!

Bom final de semana para todo mundo!

Thursday 10 June 2010

Outra bronca ou Definitivamente fiquei velha

Eis que ontem um querido amigo meu e super profissional foi dar uma palestra sobre Construção de Carreira para os alunos do último ano de Lazer e Turismo na USP. Meus alunos. Que eu gosto muito, de verdade. A Karina Solha foi a host oficial do evento, a quem de público agradeço imensamente.

Público estimado: 100 alunos, em duas turmas.
Público presente: 20, 25 no máximo.

Destaque: comportamente absolutamente repreensível por parte dos alunos, entrando e saindo o tempo todo, sem demonstrar um mínimo de educação ou de respeito ao palestrante.

Fiquei pensando - mas o que é que leva as pessoas a agirem assim? Desenhei várias propostas de explicação, mas nenhuma me convenceu. Seria fácil eu dizer que é culpa dos pais, que não dão educação, mas se eu bem conheço os meus pais e todo o esforço que eles tiveram ao passar a mim e minhas irmãs um pouco de educação, eu posso afirmar que não dá para culpar os pais apenas. Os pais bem que tentam, mas a escolha de usar ou não o exemplo é dos filhos.

E aí eu sou obrigada a misturar o assunto com o outro, da experiência internacional. Alunos brasileiros aqui na Inglaterra não chegam atrasados, não pedem para sair mais cedo, não entregam o trabalho fora de hora...afinal, não existe fora de hora no calendário inglês. Eles entendem qual o "esquema" e entram nele... Mas neste curso, parece que os alunos preferem punição e controle...chamada, lista, pontos, essas coisas.

E pensar que o palestrante estava sim fazendo uma avaliação de talentos...e pelo menos 80 pessoas não participaram desta oportunidade.

Fiquei com vergonha, porque falei muito bem dos alunos para o palestrante. Mas enfim...fiz o que me cabia... e acho que vou continuar fazendo... se 10 ou 20 pessoas aproveitaram, vou me concentrar nelas.

Enfim, desapontamentos também ajudam a gente a aprender... :-(

Wednesday 9 June 2010

Experiências fora do Brasil

Hoje foi um dia bem complicado por aqui por conta de umas solicitações extras a atender. Mas foi bom porque pude pensar um pouco mais sobre as perguntas que me fazem e certamente me farão logo mais, quando eu retornar ao Brasil.

Eu tenho muitos alunos que vivem fora do Brasil, ou que já tiveram uma experiência (a que, equivocadamente chamam de intercâmbio) e também tenho coleções dos que estão esperando a oportunidade.

E finalmente eu tive a minha, do jeito que eu sempre imaginei.
Um convite de uma instituição muito séria (a Universidade de Surrey é hoje a segunda melhor em Turismo no mundo), o apoio da USP, que me permitiu sair por estes meses, a estrutura excelente de acomodação e de trabalho aqui. E muito apoio por parte dos meus colegas no Brasil.

Mas não é assim que acontece com a grande maioria dos estudantes. Eles saem do Brasil para aprender um outro idioma e para aceitar posições de trabalho mal remuneradas em turnos estranhos. Muitos, senão todos, aceitam dobrar turnos, trabalhar por mais de 12 horas por dia. Fazem coisas que, como filhos de classe média e classe média alta no Brasil, jamais devem ter feito em sua própria casa, isto é, lavam banheiros, lavam pratos, servem bêbados, aguentam reclamações. E ganham dinheiro, claro. E moram muitas vezes em situação ruim, distantes, dividindo quartos e a privacidade.

E quando se cansam, voltam ao Brasil na expectativa de ter acesso a melhores empregos ou oportunidades. E eu penso. Com o que? O que é mesmo que uma pessoa que passou um ou dois anos trabalhando em sub-empregos tem a oferecer para um país onde esse tipo de mão-de-obra é excendente? Mais que isso, é criativa e disposta a enfrentar agruras inimagináveis...

Será que ao voltar, o pique será mantido? Ou vai se pretender voltar ao estilo de vida da família?

Eu hoje avaliei a minha experiência aqui no Reino Unido. Foi extremamente válida. Mesmo. Não poderia ser melhor. Tive chance de fazer uma viagem incrível para dentro dos meus valores e dos meus objetivos, e para descobrir que a minha vida só é assim porque ela foi construída no meu país, com as minhas referências, e é para lá que eu vou levar o que aprendi aqui. Claro, sempre pensando em voltar para cá ou para qualquer outro lugar onde se possa aprender a olhar diferente, e se possa valorizar o que existe de bom bem pertinho da gente.

Pensar em carreira não é realmente pensar em emprego. É pensar em como você constrói suas relações e suas referências. Grande parte do que você se torna tem a ver com o que as pessoas perceberam de você. Ou seja, é melhor trabalhar direito e perto daqueles que podem sim te indicar caminhos e abrir portas no futuro.

Tuesday 8 June 2010

Head hunting? Não, Soul Hunting...

Tem dias que a vida nos traz desafios interessantes. E aí vemos que não é de ontem para hoje que nos tornamos quem somos... há toda uma construção que, planejada ou não, nos trouxe até onde estamos, e vai nos levar para frente.


Eu trabalho com jovens, sou professora, amo o que faço, porque amo as pessoas... acho incrível poder transmitir o que aprendi com pessoas que, como eu, gostavam de transmitir o que sabiam.


Muita gente confia em mim e me pede indicações. As vezes eu acerto. Tenho alunos e ex-alunos muito bem posicionados no mercado...


Mas, de repente, me vejo buscando um tipo de pessoa que parece não estar mais disponível, ou pelo menos, não acessível. Pessoas que acreditam em si mesmas e que assumem riscos, que se esforçam para serem melhores, sabendo que o maior reconhecimento é delas mesmo, internamente. Elas não precisam de alguém dizendo, o tempo todo, que fizeram bem feito. Elas sabem. E mais que isso, não se conformam em continuar fazendo igual...querem ser melhores, querem chegar mais longe.


Não sei não, mas to com saudade dos meus colegas de colégio, de faculdade, e dos sonhos que acalentavam...

Saturday 5 June 2010

Amor declarado... (ou a auto suficiencia do ser)

Decididamente, se tirarem a música da minha vida eu serei uma pessoa triste. Cinza. Chata.

Mas como ninguém fará isso comigo, eu hoje acordei e passei o dia em ritmo de declarar amor a mim mesma. Por que não é um aprendizado simples, aceitar os próprios erros, ou os desacertos... haja terapia e paciência. Mas é muito bom descobrir que a mesma pessoa, no caso eu, tem coisas boas e não tão boas. E mais legal é ser tão boa companhia para mim mesma!

Então, vamos lá, turma da terapia em grupo, cantem comigo! (E com o Frank também)

For once in my life I have someone who needs me

Someone I've needed so long
For once, unafraid, I can go where life leads me
And somehow I know I'll be strong

For once I can touch what my heart used to dream of
Long before I knew
Someone warm like you
Would make my dreams come true

For once in my life I won't let sorrow hurt me
Not like it's hurt me before
For once, I have something I know won't desert me
I'm not alone anymore

For once, I can say, this is mine, you can't take it
As long as I know I have love, I can make it
For once in my life, I have someone who needs me



... ah, a auto-suficiência!

Friday 4 June 2010

Sweetie...

Eu preciso confessar uma coisa, no melhor estilo grupo de apoio:

- Oi, meu nome é Mariana...
- (coro) Oi Mariana!

- Eu quero dividir com vocês que, para tristeza de alguns, eu não tenho a menor paciência para emails cheios de figurinhas fofinhas e mensagens religiosas. Eu abro e leio por respeito à pessoa, mas em geral faço uma cara uó.

Aí, no melhor estilo terapia de grupo, eu estava dividindo isso com uma amiga super querida e que compartilha este sentimento. E outros sentimentos, na verdade vários.

Minha idéia é criar uma resposta muito educada com a imagem abaixo. Perdão, mas achei bem educada.

E na mesma linha de coisas educadas a dizer, olhem só isto:


Thursday 3 June 2010

As raízes

Eu já ouvi algumas vezes, em vários contextos, que eu provavelmente sou mais velha do que aparento. Por vezes tomo como ofensa, mas em geral acho o máximo.

Hoje pensei que, talvez, minha mãe gostasse de ouvir músicas enquanto estava grávida... ou então minha vida anterior foi ligada a palcos... não que eu tenha sido uma Janis Joplin, mas talvez uma roadie...

Então, quando eu ouço uma música como essa, me dá vontade de correr para o Sol, que hoje está particularmente convidativo, e dançar na grama... quem quer vir junto?

Going Back to my Roots - Odissey

Tuesday 1 June 2010

Músicas e o eco que elas fazem...

E no meio dos dias de céu azul e algum calor, hoje baixou um friozinho diferente, meio que pedindo para que a gente se deprima um pouco só para mudar o ritmo...como se fosse necessário.

E aí vem as trilhas sonoras de sempre. E eu revi EBTG e I Don't Want to Talk About It.

A Tracey, coitada, é feia de dar dó.
Mas compensa tudo nas letras e nas composições... e de repente todas as letras passam a fazer um sentido imenso, não sobre o passado, mas principalmente sobre o que não aconteceu, e que talvez por isso ainda venha a acontecer.

I can tell by your eyes that you've prob'bly been cryin' forever,

And the stars in the sky don't mean nothin' to you, they're a mirror.
I don't wanna talk about it, how you broke my heart.
If I stay here just a little bit longer,
If I stay here, won't you listen to my heart, whoa, heart?


If I stand all alone, will the shadow hide the colors of my heart;
Blue for the tears, black for the night's fears.
The star in the sky don't mean nothin' to you, they're a mirror.
I don't wanna talk about it, how you broke my heart.
If I stay here just a little bit longer,
If I stay here, won't you listen to my heart, whoa, my heart?


I don't wanna talk about it, how you broke this ol' heart.
If I stay here just a little bit longer,
If I stay here, won't you listen to my heart, whoa, my heart?
My heart, whoa, heart.