Monday 31 May 2010

Falando inglês na terra deles!

Demorou, tentei resistir, mas não deu...tive que fazer um post sobre a língua inglesa.

Primeiro, por favor, veja este vídeo
É muito engraçado, pois de fato é assim que milhares de brasileiros falam inglês. "Uite, Uidaute, ispeici...". E os mais desagradáveis vão falar - mas não há leões no Brasil...nós sabemos.

Eu não acho que eu falo bem inglês, não. Eu na verdade sou uma apaixonada pelo idioma, e há mais de 20 anos me dedico a melhorar um pouco a cada dia, lendo, ouvindo música, assistindo filmes com legenda em inglês, enfim...improving. Mas sei que tenho muito a aprender.

Entretanto, o tempo passa e eu vou ficando admirada ao ver que tem gente realmente corajosa. Não sabe quase nada e se aventura não apenas a falar, abusando dos recursos teatrais e mímicos. Não...vai lá e resolve escrever! Não é incrível? E aí são gafes atrás de gafes...

Mas tudo bem...vamos manter o espírito leve e pensar que todo mundo tem o direito de tentar...afinal, sotaques todos temos. Ou accents, como dizem aqui. E aí, vem este outro vídeo, imperdível (e já velho conhecido).

Pelo menos, a gente com certeza se diverte. Boa semana para todo mundo!

Thursday 27 May 2010

"Snakes and Ladders"


O Prof. John Tribe conduziu, na tarde de ontem, um seminário sobre estruturação e planejamento de carreira, e usou a ilustração deste tradicional jogo de tabuleiro para mostrar que muitas vezes acontecem situações "cobras" ou "escadas" em nossa vida profissional. (Lembrando, a quem nunca jogou, que as cobras te levam de volta a patamares inferiores, e as escadas te permitem alcançar mais rapidamente os patamares superiores).

Todos os presentes gostaram muito da apresentação, e eu, obviamente, também.

Mas hoje eu fiquei pensando que há pessoas que transformam cobras em escadas, e outras que pegam excelentes escadas e transformam em escorregadores. E para chegar a esta conclusão, precisei também concluir que não adianta querer crescer sem deixar o tempo passar.

Não dá para colocar aqui em detalhes, mas cada vez que eu me lembro de como aprendo com meus amigos mais velhos, todos eles lá na casa dos 40, 50, 60, 70 e alguns até nos 90, mais eu penso que só o tempo mesmo para nos dar a perspectiva real de como nossa vida poderia ser um pouco melhor se a gente soubesse apreciar e respeitar o que o outro já viveu, e está disposto a compartilhar.

Enfim, sem querer filosofar demais, vou ali procurar umas escadinhas.

Monday 24 May 2010

A banda estava lá

Nunca é tarde para dar um testemunho importante.

Lá na minha cidade tem praças e tem coreto. Para quem não sabe, coreto é um lugar que, em geral, fica no centro da praça, e que é ocupado ocasionalmente por bandas. Em um passado não tão remoto, ir assistir a banda tocar era algo bem divertido.

Na minha família, sempre existiu a brincadeira de ir esperar alguém no aeroporto com a banda, com faixas, comidinhas e o que mais puder ser transportado. É como uma ameaça carinhosa - tipo, a gente gosta tanto de você que vamos te matar de vergonha. Super doce.

Mas eis que fomos a Bath, Andréa e eu, e quanto chegamos de volta a Londres, na estação Euston, quem estava a nos esperar? Ela mesma, a banda!


No caso, a banda de Portsmouth! E eu fui tirar fotos, e o regente (?) fez até gracinhas...não dá para ver, mas a Andréa está nesta foto. :-)

Chatice? Acho que não...


Todo mundo já ouviu falar da "pontualidade britânica" em algum momento. Alguns chegam inclusive a dizer que beira à neurose. Pois eu vou confessar uma coisa para vocês. Eu AMO a pontualidade.

Mas mais que a pontualidade, eu amo mesmo é a OBJETIVIDADE dos britânicos com quem tenho convivido.

A primeira coisa a considerar - em todos os ambientes de trabalho, e nos cafés e restaurantes, há um ou mais relógios (funcionando!) em locais acessíveis porém não desagradáveis e nem "fazendo pressão".

A segunda - todos envolvidos em uma conversa sabem que os demais tem outros compromissos, e mesmo nos encontros mais longos, nada ultrapassa duas horas. Ou seja, o seu dia planejado rende muito mais.

Em um típico dia de trabalho com pesquisa aqui, você pode:

- acordar as 7h30
- sair as 8h30
chegar na faculdade as 8h45 (sim, uma graaaaande diferenca) ou pode preferir ir caminhando, e chegar as 9h00.
- acessar emails, responder alguns
- iniciar uma reuniao as 10h00, com horario de termino as 12h00
- almocar entre 12h00 e 13h00, e isso te da tempo de comprar algo e ir comer em frente ao lago, para aproveitar o sol
- retornar ao escritório, ver mais algo no computador
- participar de um seminario de pesquisa, das 14h00 as 16h00
- voltar a sua mesa, e trabalhar até o horário em que quiser, pois a faculdade não fecha e não pede para que você vá embora se não quiser.

Parece que não, mas há uma diferença tremenda quando você realmente sabe o horário em que vai acabar a atividade.

Mas mais que isso, chega a ser uma grande demonstração de respeito quando você vê que quem está fazendo a palestra, conduzindo o seminário ou coordenando a reunião, administra o tempo de forma impecável. Cinco minutos antes do final, eles encerram e ainda deixam tempo para que ninguém saia correndo, e que a sala esteja em ordem para a próxima atividade.

De verdade, não precisa ser britânico para fazer isso. Basta ser um pouco mais educado, e consciente em relação aos outros, não?

Como eu disse - parece chatice. Mas eu tento fazer não ser.



Saturday 22 May 2010

"Estava andando, e encontrei um castelo..."






E foi exatamente isso, sem mudar nenhuma vírgula.

Hoje decidi que iria andar um pouquinho no centro de Guildford. Precisava comprar comida e suprimentos para a semana que se inicia, e hoje é dia de farmers market, tipo uma feira livre com produtos locais...

Aí cheguei no centro e fui caminhando... e decidi mudar um dos caminhos, para me deparar com as ruínas do Castelo de Guildford. Importante destacar que a nossa visão de conto de fadas de castelos nos levaria a imaginar algo imenso, mas não é assim... sem dúvida é grande, mas não chega a se destacar no horizonte. (Sim, estou inventando uma desculpa para mim mesma por não saber que havia um castelo no centro da cidade!)



Faz muito sol, e todos os moradores são convidados a celebrar o sol e a temperatura de cerca de 25°C. Locutores em todas as rádios, ao longo de todo o dia, vão estimulando a vida "lá fora".

Eles saem com o mínimo possível de roupas, e potinhos de protetor solar. Compram sanduíches, bebidas e literalmente se largam ao sol. Parece até que estão fazendo fotossíntese.



O sol é um convite para aproveitar as áreas verdes muito bem conservadas desta e de todas as cidades inglesas, e para curtir os amigos. Vejam que até Rochelle e Leehay já estão ampliando o grupo.

Friday 21 May 2010

Comendo em alto estilo

Estou devendo posts para quem me acompanha, mas as coisas ficaram um pouco corridas nesta última semana. Entretanto, eu não podia deixar de compartilhar dois momentos memoráveis que vivemos recentemente.

O primeiro foi durante a visita a Bath, escolhemos casualmente um italiano chamado Jamie's. E ao entrar, descobrimos que era mais um dos restaurante do Jamie Oliver! Ele mesmo, da TV e dos livros. Foi excelente! Valeu cada centavinho...

O segundo foi um jantar em um restaurante chamado Mayflower.
Na primavera de 1620, o navio Mayflower iniciou sua jornada para a descoberta de um novo mundo, saindo de um pequeno cais perto de um pub chamado The Shippe. Um século depois, o Shippe foi reconstruído, e passou a se chamar Spread Eagle. Em 1957, restaurado, recebeu o nome de Mayflower para homenagear a conexão com a América.



Foi algo inesquecível. Acho que mesmo se a comida fosse ruim, teria sido incrível. Mas como nessas ocasiões tudo é perfeito, então, imaginem...

Tuesday 18 May 2010

Rochelle & Lehay in Bath!

Gente, vocês não vão acreditar na última.

Rochelle & Lehay teriam ficados sozinhos em Guildford, durante minha visita a Londres. Mas eu, que ignoro aspectos zoo-related, esqueci que eles voam. E a saudade bateu, e foram os dois encontrar a Claire, Andrea e eu em Bath.

Sim, Bath, aquela cidade incrível que foi alvo dos primeiros estudos sobre Turismo.

Mal chegamos e vi que eles já interagiam com os locais. Uma coisa totalmente integrada!


Enquanto Andrea e eu visitávamos as termas romanas, muito entretidas, percebemos que havia mais gente conosco. Só que Rochelle & Lehay, vipésimos, tiveram acesso privilegiado às águas quentes. Vejam abaixo!







Turismo de Experiência

Passei os últimos oito dias ao lado de uma das minhas melhores amigas, Andrea. Ela veio até Londres, para rever esta cidade incrível, e aproveitamos para compensar a distância e a saudade. Foi ótimo.

Todos os dias, sem exceção, ela pacientemente ouvia minhas leituras e análises sobre tudo - das coisas mais fúteis até algumas bem complexas. Temas como combinando cores e estilos, relacionamentos complicados, alegrias e tristezas de uma vida, terapia e a falta de terapia, amores e paixões que nos encantam, enfim, milhares de temas.

Mas um tema que não tratamos efetivamente foi o que permeou a viagem toda - o atual "turismo de experiência". Pensei um pouco sobre isso, e como tem acontecido recentemente, conclui que tem gente que está querendo demais.

Vou exemplificar - Londres está aqui há muito tempo. Eu já visitei a cidade cinco vezes. Certamente virei outras vezes, tantas quantas possível. E em todas, a cidade me recebeu de um jeito diferente. E a experiência foi incrível. Inesquecível - seja por boas ou por péssimas lembranças. I-nes-que-cí-vel.

E ontem, particularmente, entramos em uma farmácia. E passamos pelo menos uma hora desbravando tudo o que a farmácia oferecia. E de repente, a pergunta - "mas você não tinha ido a uma farmácia antes?".
Claro que eu tinha. Mas não com uma amiga, e não com o espírito de exploração. Menos ainda com a possibilidade de comemorar descobertas, e rir das opções, que obviamente foram devidamente compradas...

Turismo de Experiência, para mim, hoje, é a possibilidade de experimentar e experienciar momentos ricos internamente. Onde quer que a gente esteja. Acho que só é diferente daquele turismo feito sem envolvimento, em que as pessoas correm para marcar um "checked" no nome do destino e dizer - eu fui.

Viveu? Aproveitou? Lembra de porque riu ou chorou lá? Ótimo.

Não fez isso? Então, sinto muito... "passou pela vida, e não viveu..."

Thursday 13 May 2010

Coisas Divertidas


Para mim, uma das coisas mais legais de viagem são as compras. Em geral eu me delicio em livrarias. Tenho aprendido, aos poucos, a comprar roupas.

Entretanto, sao as lojas de coisas diferentes, especialmente bem-humoradas, que me chamam a atenção.

Hoje, por exemplo, compramos imãs de geladeira bem curiosos (e mal-educados).

E na mesma loja, tinha essa caneca. Ela é quase o dobro de uma caneca normal, e está escrito Size Matters (tamanho importa).



Dei muita risada, junto da Andrea, ao lembrar que na minha historia, essa é uma frase de uma verdade inquestionável.

Sunday 9 May 2010

Fireflies - Vaga-lumes

Pode até ser que eu seja lerdinha, e que a música já seja muito conhecida... especialmente por meus alunos.

Mas quando eu ouvi, e depois vi, adorei.

Lembrei-me de alguém que poderia gostar.

Owl City - Fireflies

Saturday 8 May 2010

Dia das Mães

Por mais lugar comum que pareça (e seja) fazer um post sobre o dia das mães, eu vou abraçar a causa. Afinal, não me considero muito diferente mesmo...

Ano passado eu já estive fora, longe da minha família e das minhas figuras maternas...estava, com Ari e Aline, em Teresina. Foi muito divertido e uma das experiências mais ricas de 2009.

Nos demais anos, com raras exceções, estive em Limeira, com toda a minha família, que não é pequena.

Neste, sozinha em Guildford, pensando em quantas pessoas já puderam demonstrar seu amor de mãe para mim, fico pensando que realmente sou privilegiada...

A minha mãe, a quem credito muito do meu perfil atual, do meu jeito de encarar a vida. Ela sabe (e se nao sabe descobre agora) o quanto eu a amo e admiro.

As mães dos meus pais, minhas avós, que são tão guerreiras e vencedoras, que as vezes penso que todo mundo deveria conhecer sua história. Um dia eu coloco um pouco aqui.

A minha vó por excelência, mas que por vezes foi mãe, é tia, é amiga e super referência de colo e carinho, minha (nossa, vai, eu deixo) Cô. Ela sempre fala que o coração dela bateu primeiro para mim! Adoro!

As mães que vem do núcleo familiar - Leni, Liliane, Stella, Cida, Celina, Cristina, Zezé e Cecília, que aqui merece um destaque, pois há 17 anos tem sido minha mãe adotiva em SP.

As minhas primas-mães, que dividem comigo as alegrias e agruras de serem mães, e que me emprestam seus pequenos para exercitar o carinho que tenho por crianças. Andréa, Renata, Roberta, Márcia, Elaine, Ana Maria, Fernanda, Gê, Renata-Zee, Bianca, e as que mais vierem...

Minhas amigas mães, tão presentes e queridas - Cau, Baroni, Debora,
Paula Sis, Carla, Clau Garcia, Helo, Leticia, Ana Paula...

E finalmente,  aquelas que se fazem de mães quando a original está mais longe - Lulu, Bia e Karina.

Dizem que coração de mãe sempre cabe mais um. Eu diria que é verdade, mas que em coração de filha, como o meu, cabe todo mundo e sempre, e mais. Cabe mãe, cabe pai, cabe pãe...

Feliz dia das mães para quem puder sentir esse tipo de amor!

Monday 3 May 2010

São Paulo, saudade

Pouca gente ainda não sabe que meu tema de doutorado é São Paulo. E turismo, obviamente.

Eis que venho lendo coisas de São Paulo escritas por quem talvez nunca esteve na cidade mais que dois, três dias. "Especialistas" em viagens diferenciadas.

E ainda assim, captam a aura, o astral da cidade, algo de encantador e sedutor, e talvez até um pouco ameaçador.

Dá saudade.


E pensar que o lugar que amo é também o lugar onde moram as pessoas que eu adoro. Aí fica perfeito.

Britney?

Será que devo mudar o nome do blog para "nem tudo que ouço, escrevo"?

Na verdade, como já disse anteriormente, aqui não há como ver televisão a menos que:

a) você tenha um aparelho e pague quase R$ 500,00 para ter licença (sim, é preciso autorização oficial para ver TV no Reino Unido); ou

b) você aceite passar o dia sentada(o) na cozinha do flat assistindo TV enquanto os flat-mates fazem suas obras gastronômicas que sempre envolvem frango, shoyu e batata.

Automaticamente, esta quase lagarta vive no casulinho lendo os textos, os livros, escrevendo e, claro, ouvindo música.

E aí você pergunta - mas que tem a ver a Britney com isso? Na verdade, nada... pegaram a música Toxic da menina e transformaram em algo beeeem mais interessante. Se quiser, ouça aqui.

Para quem é "do meu tempo" (ai que tristeza escrever isso!) vai notar o barulhinho de um LP ao fundo...adorei!

Saturday 1 May 2010

Música Clássica

Em 25 de janeiro de 2010 aconteceu a posse do reitor da USP, Prof. João Grandino Rodas. Como eu integro o Conselho Universitário, estive lá, devidamente paramentada para tal solenidade.

Foi realmente muito bonita, mas o que mais me marcou foi a apresentação de Choros 10 de Heitor Villa Lobos, pela OSUSP.

Eu estava lembrando da apresentação, e descobri que a USP tem o vídeo. A execução contou com "reforço de percussão" dos Meninos do Morumbi. Para mim, uma maravilha!

O link para o vídeo da posse é este, e a peça começa extamente em02h24m. Não sei se dá para ir direto, mas tem o recurso do FastForward...

Espero que gostem. Eu adoro.