Tuesday 31 August 2010

Falar para quem quer ouvir

No início deste ano, um grupo de professores indicados pela GTTP Brasil foi convidado para orientar prefeitos e secretários de turismo de cidades paulistas sobre como repensar o turismo em suas cidades. Foi uma iniciativa da APRECESP que deu muito certo.


Em função destes encontros, a Secretaria de Estado de Lazer e Turismo convidou os mesmos professores para falar sobre as questões importantes da Regionalização Turística, em evento que acontece no dia 01 de setembro, na Assembléia Legislativa de SP.


Fico muito feliz de coordenar este grupo e de poder, gradualmente, falar coisas importantes para pessoas que podem (e eu tenho certeza que vão) fazer a diferença quando se trata de Turismo Responsável.


Não se trata apenas de falar das obviedades turísticas que estão explodindo por aí - estamos falando de mudar a forma de enxergar o turismo. E isso vai ser muito bom!


Mais notícias, em breve.

Thursday 26 August 2010

Chimamanda Adichie

Simplesmente maravilhoso. Um pouco longo, mas uma grande licao.
Enjoy!
http://www.ted.com/talks/lang/por_pt/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html

Tuesday 24 August 2010

Ser feliz sozinha(o)

Enquanto todo mundo se cansa de abrir as animações em ppt que inundam as caixas postais, eu tenho a gratíssima satisfação de ter amigos que mandam coisas muito interessantes.


Esse link aqui é de uma "poesia animada" que se chama How to be Alone, e está em inglês. 


Mas é simplesmente perfeito.

Tks, Dea!

Tuesday 17 August 2010

De volta!

Eis que voltar sempre é muito bom.
Amigos queridos, família querida, pessoas e lugares caros...
Estou aqui, olhando com carinho, reconstruindo caminhos.

Logo mais, retomo a frequencia de postagens.

Thursday 12 August 2010

The seeds of love

O título do post veio por causa daquela velha música do Tears for Fears, que eu não deixo de gostar nunca...

Mas o ponto é que o tempo passou muito rápido na Inglaterra, e muita coisa aconteceu. O destaque de hoje fica para a importância de construir relações verdadeiras, e não projetos e parcerias apenas.

As pessoas que conheci são, em sua maioria, pesquisadores de alto nível, financiados por seus governos e/ou instituições, muito dedicados, muito capazes, muito cheios de boas caracterísiticas.

Mas, mais que isso, são pessoas. Estão sozinhas aqui, por um período que as vezes chega a cinco anos, alguns sem retornar para a família, lutando para se adaptar a costumes por vezes extremamente diversos de sua origem. Pessoas cujas histórias de vida são tocantes, de conquistas, de grandes sonhos, de escolhas duras.

Eu fiz amigos aqui, com certeza. Não sei se vão durar, se poderemos nos reencontrar em algum lugar do planeta, mas sei que foram muito importantes neste tempo em que convivi com eles. E sei que eles tem alguém que gosta muito deles, voltando ao Brasil.

Sunday 8 August 2010

Brighton Pride

Ontem eu finalmente fui a uma parada do orgulho GLBT (perdão aos mais antenados, mas eu nunca sei qual a sigla em uso).

Eu nunca fui a uma em SP por razões diversas, o que definitivamente é uma pena. Mas tive a chance de ver a Brighton Pride.

O que eu achei mais interessante foi o fato de que nesta parada, de fato, o que está em pauta é o orgulho dos homossexuais, principalmente. Eu estava imaginando uma festa animada, muita gente colorida, deboche, exagero, enfim.

Mas não foi o que vi.

Havia grupos bastante específicos, e o pessoal assistindo aplaudia a cada nova manifestação. O que me chamou a atenção?

- o grupo de policiais gays britânicos, todos trajados a caráter;
- o grupo dos bombeiros;
- o grupo dos trabalhadores do NHS, o serviço de saúde (ambulâncias de resgate, hospitais etc)
- um grupo de funcionários da American Express (no maior caminhão de som);
- grupos vinculados a partidos políticos;
- um grupo de trabalhadores da BBC.

Por nunca ter ido a uma em SP, não posso comparar. Mas achei simplesmente o máximo.

Wednesday 4 August 2010

E quando se deixa de gostar?

Choveu em Guildford, eu não saí da toquinha, e me pus a escrever e pensar.

No meio de muita bobagem, e inspiradíssima pelo post de hoje em  http://www.paginasdarelva.blogspot.com/, pensei: é possível a gente gostar de alguém e depois deixar de gostar?

Não é o caso de odiar não, porque odiar para mim é so amar do avesso.

Só deixar de gostar, perder admiração, achar que não vale a pena, desistir, cansar, procurar algo melhor a fazer...

Eu confesso! Eu já deixei de gostar de várias pessoas. Mesmo. Não me sinto mal por isso não, acho que faz parte do meu processo pessoal, ou da vida de forma geral... a parte boa é que o meu gostar não ocupa espaço, então eu consigo gostar de mais um monte no lugar! Ha ha ha.

Tuesday 3 August 2010

I wish I could go travelling again

Ouvi esta música hoje pela primeira vez. Gostei muito da letra.


I wish I could go travelling again



It feels like the summer will never end


And I've had such good offers from several of my friends


I wish I could go travelling again






I want to sit in my shades


Sipping my latte


Beneath the awning of a famous cafe


Jet-lagged and with our luggage gone astray


I wish I could go travelling again






I want a waiter to give us a reprimand


In a language neither of us understand


While we argue about the customs of the land


I wish I could go travelling again






I want to sit in traffic, anxious about our plane


While you blase comments drive me half insane


I want to dash for shelter with you through the tropical rain


I wish I could go travelling again






I want to be awakened by a faulty fire alarm


In an overpriced hotel devoid of charm


Then fall asleep again back in your arms


I wish I could go travelling again






But how can I ever go travelling again


When I know I'll just keep remembering again


When I know I'll just be gathering again


Reminders to break my heart






I wish I could go travelling again


It fells like this summer will never end


And I've had such good offers from several of my friends


I wish I could go travelling again

Da para ouvir clicando aqui

Monday 2 August 2010

A Martha, minha amiga que nem sabe que eu existo

Uma vez me disseram que era divertido me ver lendo, porque eu participava ativamente do livro - rindo, fazendo caretas, chorando, enfim...lendo. Na ocasião, acho que lia algo do João Ubaldo.

Há algum tempo eu conheci os textos da Martha Medeiros. Tem vários livros publicados, e milhares de trechos circulando pela internet. Ler os textos dela me lembrar uma deliciosa conversa de amigas...parece que estamos falando bobagem, mas há lições de vida. Ou o inverso, parecem lições de vida, mas são pequenas bobagens do dia-a-dia.

Enfim, eu leio a Martha e acho que ela tá aqui sentada do meu lado. Suuuuper minha amiga, no caso.

E olha só o texto dela que eu recebi hoje. Lindo, lindo. Quem quiser ler, aproveite. Quem não quiser, saiba que eu estou disposta a falar muita coisa...talvez seja necessário perguntar antes, mas a disposição está aqui. Descobri que posso sim amar muitos dos meus amigos, e só gostar de outros, e de repente nem gostar tanto assim de outros tantos...mas que eu vou falar, vou mesmo!

Beijos

Falar de Sentimentos

Martha Medeiros

Já fui de esconder o que sentia, e sofri com isso. Hoje não escondo nada do que sinto e penso, e às vezes também sofro com isso, mas ao menos não compactuo mais com um tipo de silêncio nocivo: o silêncio que tortura o outro, que confunde. O silêncio a fim de manter o poder num relacionamento.

Assisti ao filme "Mentiras sinceras" com uma pontinha de decepção - os comentários haviam sido ótimos, porém a contenção inglesa do filme me irritou um pouco - mas, nos momentos finais, uma cena aparentemente simples redimiu minha frustração. Embaixo de um guarda-chuva, numa noite fria e molhada, um homem diz para uma mulher o que ela sempre precisou ouvir. E eu pensei: como é fácil libertar uma pessoa de seus fantasmas e, libertando-a, abrir uma possibilidade de tê-la de volta, mais inteira.

Falar o que se sente é considerado uma fraqueza. Ao sermos absolutamente sinceros, a vulnerabilidade se instala. Perde-se o mistério que nos veste tão bem, ficamos nus. E não é este tipo de nudez que nos atrai.

 Se a verdade pode parecer perturbadora para quem fala, é extremamente libertadora para quem ouve. É como se uma mão gigantesca varresse num segundo todas as nossas dúvidas. Finalmente se sabe. Mas sabe-se o quê? O que todos nós, no fundo, queremos saber: se somos amados. Tão banal, não?. E, no entanto, esta banalidade é fomentadora das maiores carências, de traumas que nos aleijam, nos paralisam e nos afastam das pessoas que nos são mais caras. Por que a dificuldade de dizer para alguém o quanto ele é - ou foi - importante? Dizer não como recurso de sedução, mas como um ato de generosidade, dizer sem esperar nada em troca. Dizer , simplesmente.

A maioria das relações - entre amantes, entre pais e filhos, e mesmo entre amigos – ampara-se em mentiras parciais e verdades pela metade. Podem-se passar anos ao lado de alguém falando coisas inteligentíssimas, citando poemas, esbanjando presença de espírito, sem alcançar a delicadeza de uma declaração genuína e libertadora: dar ao outro uma certeza e, com a certeza, a liberdade.

Parece que só conseguiremos manter as pessoas ao nosso lado se elas não souberem tudo. Ou, ao menos, se não souberem o essencial. E assim, através da manipulação, a relação passa a ficar doentia, inquieta, frágil. Em vez de uma vida a dois, passa-se a ter uma sobrevida a dois.

 Deixar o outro inseguro é uma maneira de prendê-lo a nós - e este "a nós" inspira um providencial duplo sentido. Mesmo que ele tente se libertar, estará amarrado aos pontos de interrogação que colecionou. Somos sádicos e avaros ao economizar nossos "eu te perdôo", "eu te compreendo", "eu te aceito como és" e o nosso mais profundo "eu te amo" - não o "eu te amo" dito às pressas no final de uma ligação telefônica, por força do hábito, e sim o "eu te amo" que significa:

"seja feliz da maneira que você escolher, meu sentimento permanecerá o mesmo”.

 Libertar uma pessoa pode levar menos de um minuto. Oprimi-la é trabalho para uma vida. Mais que as mentiras, o silêncio é que é a verdadeira arma letal das relações humanas. 

Sunday 1 August 2010

Despedida...de casada!

Há exatamente um ano, a pessoa com quem eu fui casada me comunicou que não seria mais meu marido. Assim.

Fiquei triste por exatos quinze dias, acho. Depois, a vida foi me dando um presente atrás do outro, e percebi que finalmente tinha chegado a hora de viver como eu queria, dentro dos meus valores e padrões. Algumas pessoas não gostaram. Outras respeitaram. E outras participaram ativamente desta transição. E portanto são aquelas que receberão o convite para a festa de despedida de casada!

Uma festa que já vem acontecendo há meses...mas que agora dá para fazer "de acordo"...como ontem, em Leeds, a capital do norte da Inglaterra...uma cidade apaixonante! Pubs animados, companhia agradabilíssima e muitas risadas em uma noite colorida....

Tim-tim para todo mundo que acredita que dá para ser muito feliz, todos os dias. Basta escolher a companhia certa!