Wednesday 25 May 2011

Bigamia

Relutei uns minutos para escrever este post, mas penso que o tema é válido.

Dizem que existe um certo corporativismo feminino, e que em geral mulheres se protegem. Mas eu confesso que não sei se isso é verdade.

Embora eu tenha oficialmente me separado em 2009, descobri que a contraparte não cumpriu minimamente seu papel, e não fez a averbação do divórcio. Portanto, continuo casada. No papel, apenas, e por pouco tempo.

Mas aí, as diversas fontes que se informam via redes sociais, comunicaram que a mesma contraparte está de casamento marcado, ou planejado, ou qualquer coisa na linha. E me perguntam - não é o caso de avisar a noiva atual?

Pensei, pensei e conclui - com a valiosa colaboração 'dazamyga" - que é melhor não avisar nada. Por que não vai adiantar, na prática. Se tivessem me avisado, lá atrás, que eu estava me aproximando de alguém com sérios problemas psico-sociais, eu talvez não acreditaria. Ou melhor, eu certamente não acreditaria, pois seria "intriga da oposição".

De qualquer forma, a gente faz o que está ao nosso alcance pelo bem da humanidade. Ou pelo menos da parte da humanidade que nos cerca.

Thursday 12 May 2011

Manifestações feministas

Minha gente!

Eu nunca fui de subir na caixa de madeira e sair gritando, ou pegar o megafone para chamar a atenção na Praça da República, mas acontecimentos recentes deixaram-me indignada a ponto de escrever este singelo post.

Eis que a pessoa completa 35 anos e, percebendo-se com a saúde um pouco alterada, abre o guia do convênio, seleciona por critérios duvidosos os especialistas em quem vai confiar, e ruma para os consultórios. Não sei se alguém já se indignou em plena consulta, mas eu já. O caso é que eu fico quieta e resignada, pensando comigo, é assim, sempre foi e não vai mudar.

Aí os tais profissionais pedem uma lista interminável de exames considerados não invasivos. Ok. Entendi. Invasivo é se te enfiam uma agulha. Tá bom. Odeio mesmo.

Agora atentem para o não invasivo:

1) Mamografia - uma maquina acionada por pistoes de ar, provavelmente, nada sutilmente esmaga as mamas do ser humano até que elas possam ser radiografadas... ficam da espessura de um papel sulfite. Nada invasivo. A gente se sente bem... chega a ser sensual até a posição de modelo de uma estatua do Michelangelo em vias de desabar.... ou melhor, Michelangelo-Miro depois do porre.

2) Citologia - te pedem para tirar a roupa, sentar na tal da maca ginecologica, e uma figura insere (nada invasivamente) alguma coisa que vai coletar material para analise, e se houver suspeita, ainda te corta um pedacinho para biópsia. Voce la, olhando para cima e contando as lâmpadas do ambiente e a figura - "e então, com o que você trabalha"?
Sério - dá para não conversar comigo? Eu juro que não acho nada normal alguém com aparelhos dentro de mim me perguntando sobre a vida...

3) Ultrassons - terceira etapa de um dia lindo, colorido... totalmente despida e emporcalhada de gel, uma terceira figura senta ao seu lado, pega um instrumento que não tem nem comprimento nem largura que possa passar perto de algo simpático, e introduz (novamente, nada invasivo) dentro do seu utero para te olhar de dentro para fora. Depois limpa o negocinho, e comeca a pressionar o seu pescoco. Logo em seguida, resolve ir e voltar, COM FORÇA, em todas as direcoes sobre os seus seios.
Detalhes - nunca é sutil, nunca é um cara lindo, nunca é sensual. Sempre parece uma atividade de estagiária do hospital russo antes de 1990.

Ao final, sorri para voce e diz - tá tudo bem, pode ir.
Como, minha cara? Como ir para algum lugar emporcalhada de gel, pensando que esse "ta tudo bem" mascara todas as doenças do universo e me sentindo um pedaço de carne dispensada no açougue?

Passado o impacto, em conversas com amigas solidárias, conclui-se que os exames foram desenvolvidos por homens.

Deixa eu acabar o meu doutorado e eu juro que vou verificar se dá para colaborar na invenção de alguma coisa que esmague as duas coisinhas que eles tem penduradinhas lá embaixo.

Sunday 8 May 2011

Sobre viagens

Mesmo com alguns amigos atuando seriamente na área de psicologia e psiquiatria, eu ainda não sei exatamente se sou ou não uma pessoa com TDAH. Por vezes, acho que sou, porque tudo me chama a atenção e me distrai dos focos principais... por outro lado, de repente é essa minha melhor característica, então não vou realmente ficar questionando.


O fato é que (e hoje eu resolvi abusar de expressões "lugar comum" e advérbios) há dias minha mente é invadida com lembranças intensas de minha viagem à Rússia em novembro de 2010. Foi muito interessante, mesmo, e apesar do frio e do clima acinzentado, as cores dessa viagem não me saem da mente.


E então penso um pouco mais, e devo confessar que cada viagem realizada suplanta a anterior, parecendo que foi melhor planejada, melhor aproveitada, melhor guardada na lembrança... Vejo-me pensando que Moscou superou Paris, e quase alcançou Londres no meu imaginário afetivo. Mas pode não ser verdade.


E aí descubro que sou fã de uma música bem animada, e a música me faz planejar uma viagem pelos melhores lugares para estar com uma amiga. E não vai ser Moscou. Mas poderia. É que fica meio longe ir de Moscou a NYC na mesma viagem...


E novamente estou eu pensando em várias coisas ao mesmo tempo, mas sentindo uma saudade intensa de Moscou. Acho que deixei lá algo ou alguém por descobrir...

Monday 2 May 2011

Passei por aqui...

Uma amiga disse uma vez que tem uma meta mensal de posts no blog. Achei tão organizado, tão capricorniano, pensei até em assumir o padrão, mas não consegui. Se for para manter a linha da justificativa astrológica, é porque este ano é um ano de revisão de padrões, no meu caso. (Ainda farei um post somente sobre questões astrológicas...)

O meu, pelo visto, está com a média de um post mensal. Talvez porque, ao contrário do título, tudo o que tenho pensado está virando texto, e logo será publicado, e aí então poderei retomar esta mídia que tanto me agrada.

Acompanho pouquíssimos blogs. Três, para ser objetiva. Um ou outro que me recomendaram eu olhei, mas não gostei. Há outros então que a gente dá uma conferida de vez em quando só para rir mesmo, ou chorar, de vergonha alheia, sei lá...

Ando preferindo o twitter, e o facebook.
Detalhe - prefiro o twitter quando a pessoa que sigo sabe usá-lo, porque ultimamente tem gente que resolveu escrever grandes trechos no microblog e não se ligou que a gente lê ao contrário...ou seja, fica tudo absolutamente sem sentido e, portanto, chatíssimo.

No Facebook, acho tudo ótimo, exceto quando descubro que a pessoa tem um comportamento FB e outro ao vivo...resolve ser engraçadinha online, mas não se banca ao vivo. Ou então decide que vai te perturbar o dia todo a troco de não ter mais o que fazer... definitivamente, as relações humanas vão se alterar profundamente daqui para a frente, graças (ou não) a esta interação online.

As vezes eu recorro à mesma amiga lá do primeiro parágrafo, quando cita a régua do sofrimento. Fico pensando que a mesma fábrica que faz essa, faz a régua da estupidez e a régua do exibicionismo... será que vai ter campeonato online? Eu que não quero ser da banca... prefiro ficar no campeonato da falta de paciência...