Sunday 22 June 2014

Das desimportâncias desta vida

Deve haver um livro de regras que indica que devemos saber o que é importante em nossa vida. Ou quem. E vamos dedicando tempo e empenho para selecionar, priorizar, agradar (ou qualquer que seja o verbo)...

Eis que de repente é melhor olhar para as desimportâncias. 
Sequer sei se tal palavra existe, mas ela é bastante pertinente.

Etiquetei recentemente processos e pessoas como desimportantes. Ou melhor, etiquetei o meu empenho em relação a tais pessoas como desimportantes.

E não é que elas não mereçam, nada disso. Elas apenas não compreendem. Ao menos por enquanto. Falta-lhes repertório ou condição de aceitar que as coisas podem ser, e ainda bem que são, diferentes do modelo antecipado.

E assim, elas se unem a um grupo de desimportantes. Crescente, infelizmente, mas menor que o grupo das importantes...

Friday 13 June 2014

Saudade de quem?

Não raro eu digo que senti saudade. E sinto de fato.
A questão é que a saudade que sinto dificilmente é da pessoa que é hoje. Sinto falta da pessoa (ou das pessoas) que eram, naquele tempo, ou em uma dada oportunidade.

Talvez, de fato, eu sinta saudade de um tempo em que não dispunha de tantos detalhes e informações que fazem com que o alvo da saudade não seja, de fato, a pessoa. É, portanto, uma ideia, uma construção...uma lembrança, simplesmente.


Sunday 1 June 2014

Repetir para validar

Nem todo mundo nasceu para questionar ou para duvidar de tudo o que se apresenta pela frente. Acho que isso até é uma característica que vai sendo desestimulada na educação formal brasileira. "Não faça perguntas, apenas responda o que te perguntam".

Mas que é impressionante o número de pessoas que não só não está disposto a perguntar, como está, na mesma proporção, disposto a repetir os maiores absurdos sem a menor reflexão.

Aí um cientista mais sortudo consegue dar visibilidade a uma leitura tendenciosa que ele tem sobre alimentação, saúde ou qualidade de vida. E consegue escrever algo que acaba sendo publicado. E alguém (na verdade, vários alguéns) leem aquilo e começam a repetir como se fosse um mantra. 
E ai de você (no caso, de mim) se quiser pesquisar um pouco mais e entender que aquilo é um absurdo, como diversos outros que já circularam pelo mundo.

A opção, atualmente, além de pesquisar fontes confiáveis e oferecer a leitura delicadamente para os coleguinhas, mesmo sabendo que nada acontecerá, é lamentar e seguir em frente com outras propostas.

Uma coisa é não saber, o que sempre é possível mudar. A outra é, infelizmente, nem querer saber.

E segue o povo replicando bobagem atrás de bobagem para ver se vira verdade.